18 de junho é Dia Nacional do Tambor de Crioula. Tradição maranhense que nasceu nas senzalas é patrimônio imaterial do Brasil desde 2007
O ritmo acelerado da percussão é marca do tambor de crioula, uma tradição cultural maranhense que também é patrimônio imaterial do Brasil. A brincadeira nasceu nas senzalas durante a época da escravidão, como explica Neto de Azile, diretor da Casa do Tambor de Crioula, de São Luís.
“Após o trabalho na lavoura, eles se juntavam e começavam essa batucada, aqui já no Maranhão. Ele não veio da África, da África vieram os escravizados e trouxeram seu modo próprio de visão de mundo, que é essa relação direta com a natureza, e a comemoração, a louvação dos seus deuses através de festas com tambores e animação”.
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O tambor de crioula geralmente é ligado à devoção a São Benedito. Até hoje, é comum que as pessoas façam roda de tambor como forma de agradecimento ao santo. Foi assim com a família da professora Sildiléia Melonio, do Tambor de Crioula do Alto São Benedito.
Nos anos 1950, a avó dela organizou uma roda depois que o marido sobreviveu a um acidente de trabalho.
“Aí chamava quem sabia bater, quem sabia cantar, mulheres que sabiam dançar. E formava aquele tambor bem descontraído mesmo, sem compromisso com nada. Era o tambor de amanhecer. Era muita comida, muita fartura”, conta.
No tambor de crioula são usados três instrumentos de percussão: o tambor grande, o meião e o crivador.
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Fonte: Brasil de Fato