Pelintras e Padilhas: A Dança dos Corpos Encantados. Revista Piauí

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Luiz Antonio Simas. Historiador analisa como a perseguição a figuras das religiões afro-brasileiras desvela o racismo na formação do país

O escritor e historiador Luiz Antônio Simas explica neste texto a origem de entidades das macumbas brasileiras e sua articulação com as ruas – e por que elas desafiam uma sociedade fundada na lógica da contenção dos corpos.

O MALANDRO 

Entidade poderosa dos terreiros de canjira, baixando em diversos ramos e linhas das macumbas brasileiras, Zé Pelintra nos coloca desafios. Há quem afirme que, originalmente, Seu Zé é um mestre do culto do catimbó nordestino que acabou se manifestando em outras vertentes das encantarias.

O culto do catimbó é de difícil definição. Abrange um conjunto de atividades místicas que envolvem desde a pajelança indígena até elementos do catolicismo popular, com origem no Nordeste. Tem como seus fundamentos mais gerais a crença no poder da bebida sagrada da Jurema e no transe de possessão, em que os mestres trabalham tomando o corpo dos catimbozeiros.

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PELINTRA ENCONTRA PADILHA

No carnaval de 2016, Zé Pelintra deixou os terreiros de macumba e ganhou a Marquês de Sapucaí, avenida onde as escolas de samba do Rio de Janeiro desfilam durante o Carnaval. Não precisou alterar as cores de sua vestimenta, já que a escola que o homenageou, o GRES Acadêmicos do Salgueiro, veste vermelho e branco, feito a gravata e o terno do malandro encantado. As pombagiras também tomaram conta do sambódromo.

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Laroiê!

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Pelintras e padilhas: a dança dos corpos encantados

 

 

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